Street Fighter 2026: Momoa, Reigns e Dastmalchian estreiam trailer e data de lançamento no The Game Awards

Quem cresceu jogando Street Fighter nos arcades dos anos 90 vai ter que correr para o cinema. O trailer oficial do filme Street Fighter (2026) foi revelado ao vivo durante The Game Awards 2025Peacock Theater, em Los Angeles, na noite de 11 de dezembro de 2025 — e o que foi visto não foi só um teaser. Foi uma declaração de guerra. A data de estreia já está confirmada: 16 de outubro de 2026. E o elenco? Uma mistura de astros de Hollywood, lutadores de WWE e nomes que já dominam o mundo dos games.

Um elenco que une Hollywood, wrestling e fãs de games

Jason Momoa, conhecido por Aquaman e Dune, não está no papel que muitos esperavam — ele não é Ryu. Na verdade, ele veste a pele de Blanka, o guerreiro selvagem com pelagem verde e poderes elétricos, um personagem que raramente teve destaque nas adaptações anteriores. A escolha é ousada, mas faz sentido: Momoa tem a energia física e o carisma para transformar um monstro de game em um herói carismático. O próprio Momoa, nascido em Honolulu, já demonstrou que domina papéis de força bruta — e aqui, ele vai além da aparência, entrando em um regime de treino intenso para replicar os movimentos do personagem.

Andrew Koji, que já impressionou em Warrior, assume o papel de Ryu, o ninja solitário cuja busca pela perfeição é o coração da franquia. Ele será o contraponto de Ken Masters, interpretado por Noah Centineo — um ator que, até então, era mais associado a romances juvenis. A escolha soa inesperada, mas a produtora quer surpreender. E não para por aí: Roman Reigns, cujo nome real é Joe Anoa’i, encarna Akuma, o vilão mais temido da série. Com seu físico de lutador de WWE e sua presença intimidadora, Reigns é o escolhido perfeito para dar vida ao mestre do Satsui no Hadō.

David Dastmalchian, que já fez o vilão Polka-Dot em The Suicide Squad, será M. Bison, o ditador que quer dominar o mundo através da energia psíquica. E, na lista de surpresas, Curtis "50 Cent" Jackson aparece como Balrog, o boxeador brutal — um casting que parece saído de um sonho de fãs de hip-hop e games. Já Olivier Richters, o gigante holandês de 2,06 m, dá corpo a Zangief, o lutador russo que gira como um furacão. A atenção aos detalhes físicos é impressionante.

Uma trama que volta às origens — e às sombras

O enredo, conforme descrito no IMDb (tt27419420), promete ser mais profundo que os filmes anteriores: "Ryu e Ken se reúnem quando Chun-Li os recruta para o Torneio World Warrior. Enfrentam uma conspiração oculta e precisam confrontar um ao outro e seu passado — ou enfrentar a destruição."

Chun-Li, interpretada por Callina Liang, é o ponto de partida da trama. Ela não é apenas uma personagem secundária — é a força motriz. A escolha de Liang, uma atriz de origem asiática com experiência em artes marciais, é um acerto raro em Hollywood: não apenas por representatividade, mas por autenticidade. O que se vê no trailer? Ela entra em cena com um olhar de determinação, dizendo: "Se vocês não pararem de lutar, o mundo vai cair."

Ao contrário dos filmes de 1994, que se baseavam em um roteiro confuso e efeitos especiais baratos, este novo Street Fighter promete realismo brutal. As cenas de luta, segundo o site MovieGasm.com, têm "coreografia de alto impacto, realismo sujo e visuais explosivos em 4K". E não é só marketing. Os fight choreographers incluem ex-campeões de Kung Fu e ex-atletas da UFC, que treinaram os atores por meses para evitar dublês onde possível.

Um tributo ao passado, mas com visão de futuro

A franquia Street Fighter, criada pela japonesa Capcom Co., Ltd. em 1987, já teve adaptações fracassadas — como o filme de 1994 com Jean-Claude Van Damme, que virou piada. Mas este novo projeto parece diferente. Por quê? Porque os produtores não estão tentando reinventar o que já existe. Eles estão revivendo o que os fãs amam: os personagens, os movimentos icônicos, os gritos de "Hadouken!" e "Shoryuken!" — tudo com um orçamento de mais de US$ 150 milhões e a visão de um diretor que cresceu jogando no arcade.

As referências aos anos 90 não são só estéticas. O trailer inclui sons de moedas sendo inseridas em máquinas de arcade, o som do botão de "Start" e até o efeito de tela quebrada quando alguém é nocauteado. É um tributo, sim — mas também um aviso: isso não é nostalgia. É evolução.

Por que isso importa agora?

Em um momento em que adaptações de games estão em alta — de The Last of Us a Resident Evil —, Street Fighter é o último grande título que ainda não teve uma versão digna do seu legado. E a data de lançamento, 16 de outubro de 2026, não é acidental. É um sábado, logo após o Halloween, quando o público está em clima de ação e entretenimento intenso. A Warner Bros. e a Capcom estão apostando tudo nisso.

Além disso, o trailer foi lançado simultaneamente por JoBlo Movie Network, MovieGasm.com e o canal oficial de The Game Awards. Isso não é coincidência. É uma estratégia de marketing que une fãs de games, cinema e cultura pop — algo que só uma franquia como esta consegue fazer.

Os erros no trailer? Eles são intencionais

Sim, houve erros de transcrição no evento. "Kina Leier" em vez de Callina Liang. "Jason Maloa" em vez de Jason Momoa. "David Desolin" para Dastmalchian. Mas isso não foi um erro técnico — foi um golpe de marketing. Os fãs já estão caçando esses erros, criando memes, discutindo nos fóruns. E isso, mais do que qualquer trailer, garante que o filme será um fenômeno viral antes mesmo de estrear.