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Coritiba lidera Série B com 64 pontos; Athletico-PR e Remo pressionam na briga por acesso à Série A

Coritiba lidera Série B com 64 pontos; Athletico-PR e Remo pressionam na briga por acesso à Série A nov, 11 2025

Com exatamente 10 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro da Série B 2025, o Coritiba está na frente da tabela, com 64 pontos em 36 jogos — uma vantagem de cinco pontos sobre os perseguidores mais próximos. A liderança, conquistada mesmo após uma derrota por 1 a 2 contra o Criciúma em 9 de novembro, é fruto de consistência: 18 vitórias, 10 empates e apenas 8 derrotas. O técnico Mozart, que assumiu o time em julho, transformou a equipe em um time de poucos erros e muita disciplina tática. O atacante Josué, com 6 gols, é o artilheiro interno, mas quem realmente move o time é o lateral Alex Silva, com 3 assistências e uma constância defensiva que surpreendeu até os mais céticos.

Dois times, um sonho: Athletico-PR e Remo na luta direta

Na segunda e terceira colocações, empatados com 59 pontos, estão o Athletico-PR e o Remo. A diferença? Saldo de gols. O Furacão, sob o comando de Odair Hellmann, vem de uma vitória por 2 a 0 sobre o Brusque em 8 de novembro, e tem no atacante Kevin Viveros seu principal trunfo: 9 gols na temporada, o maior número entre os líderes da tabela. Já o Remo, que joga no Estádio da Curuzu em Belém, depende de um ataque mais coletivo — e de um apoio de torcida que não tem paralelo na Série B. Seu desempenho fora de casa, porém, é frágil. E isso pode ser o ponto crítico.

Chapecoense e Criciúma: a última chance antes do playoff

Com 58 pontos cada, Chapecoense e Criciúma estão à beira da zona de acesso direto. Para a Chapecoense, a temporada é quase um milagre: após o rebaixamento em 2024, a equipe retornou com um elenco enxuto e um técnico que prioriza a organização defensiva. O meia Jhonnatan, de 22 anos, virou referência com 4 gols e 5 assistências. Já o Criciúma, que vem de um jejum de 12 anos sem retornar à Série A, tem no atacante Rafael Vaz (8 gols) sua única certeza. Mas a equipe sofre com a falta de profundidade no meio-campo — e isso pode custar caro nas próximas rodadas.

Artilharia surpreendente: Ferroviária no topo

Enquanto os grandes nomes da Série B se esforçam para manter o ritmo, um nome que ninguém esperava lidera a artilharia: Pedro Rocha, de 28 anos, atacante da Ferroviária. Com 14 gols, ele supera até os nomes mais conhecidos da competição. Seu companheiro de ataque, Carlão, está logo atrás com 13 — uma dupla que fez a diferença em jogos decisivos contra times como o Vila Nova e o Avaí. Cléber, do Avaí, e Willian Bigode, do América-MG, completam o top 4 com 11 gols cada, mas estão em ritmo de desaceleração. Ainda assim, Pedro Rocha é o único que não sofreu lesão grave desde o início da temporada — e isso faz toda a diferença.

Regras claras, pressão intensa

Regras claras, pressão intensa

A classificação segue o critério oficial da Confederação Brasileira de Futebol: pontos, vitórias, saldo de gols, gols marcados, confronto direto e menos cartões. Isso significa que, mesmo com o mesmo número de pontos, o Coritiba está na frente por ter mais vitórias (18 contra 16 do Athletico-PR). O Remo, apesar de ter o mesmo saldo de gols do Furacão, perde por ter menos vitórias. E aqui está o segredo: a equipe que vencer mais jogos, mesmo que por 1 a 0, tem vantagem. Nada de empates por 0 a 0. Nada de sorte. Só resultado.

Próxima rodada: o momento decisivo

A próxima rodada, entre 15 e 16 de novembro, será um verdadeiro teste de força. O Coritiba enfrenta o Botafogo-SP em casa — um adversário que já perdeu 6 dos últimos 7 jogos fora. O Athletico-PR vai ao Paysandu, que vem de uma vitória surpreendente contra o Remo. Se o Furacão perder, a diferença para o Coritiba pode cair para apenas 2 pontos. Já o Remo enfrenta o Operário, que precisa desesperadamente de pontos para fugir do rebaixamento. Um empate pode ser suficiente para o Remo perder a esperança de acesso direto. E a Chapecoense? Joga contra o Sampaio Corrêa, que está na zona de rebaixamento — e que, por isso, jogará como se estivesse em uma final.

Rebaixamento: a sombra que cresce

Rebaixamento: a sombra que cresce

Enquanto os quatro primeiros brigam pelo acesso, os times entre a 7ª e a 10ª posição estão em uma luta desesperada. O Operário, o Vila Nova, o Ceará e o Brusque estão separados por apenas 2 pontos. Quatro equipes serão rebaixadas. E o que parece um placar distante pode virar um pesadelo em três jogos. Um empate inesperado, uma derrota por 1 a 0, e a temporada vira lixo. É isso que move os técnicos, os jogadores, os torcedores — e os jornalistas que não dormem à noite.

Frequently Asked Questions

Como funciona o acesso à Série A na Série B 2025?

Os dois primeiros colocados na tabela ao final das 46 rodadas garantem acesso direto à Série A de 2026. Os times entre a 3ª e a 6ª posição entram em um playoff: o 3º enfrenta o 6º e o 4º enfrenta o 5º em jogos de ida e volta. Os vencedores disputam a final, e o campeão do playoff também sobe. Ou seja, quatro times têm chance de acesso — mas só dois garantem vaga sem precisar jogar o playoff.

Por que o Coritiba lidera mesmo após perder?

O Coritiba tem 18 vitórias, mais que qualquer outro time na competição — 2 a mais que o Athletico-PR. Mesmo com uma derrota, sua consistência nas vitórias e seu saldo de gols (+28) o mantêm na frente. A CBF prioriza vitórias antes do saldo de gols, então o time de Mozart não precisa vencer por muitos gols — só precisa vencer. E isso é o que fez a diferença.

Quem são os principais candidatos ao título da artilharia?

Pedro Rocha, da Ferroviária, lidera com 14 gols, e está em ritmo de marcar pelo menos mais 2 antes do fim. Carlão, seu companheiro de ataque, tem 13 e pode ultrapassá-lo se a Ferroviária vencer os últimos jogos. Cléber (Avaí) e Willian Bigode (América-MG) estão com 11, mas têm menos jogos restantes e menos chances de manter o ritmo. A artilharia pode ser decidida em apenas duas rodadas.

O que pode derrubar o Coritiba da liderança?

Apenas uma combinação de resultados: Coritiba perder dois jogos consecutivos, enquanto Athletico-PR e Remo vencem todos os seus jogos restantes. Isso daria ao Furacão 71 pontos e ao Remo 70 — superando o Coritiba, que, mesmo vencendo todos os jogos, chegaria a 79. Mas se o Coritiba empatar ou perder um jogo, e os perseguidores vencerem, a vantagem pode cair para 1 ponto — e a pressão aumenta. A matemática ainda favorece o Coxa, mas o futebol não obedece à lógica.

Qual é o maior risco para a Chapecoense?

A Chapecoense tem um dos melhores elencos da Série B, mas sua defesa é vulnerável contra ataques rápidos. Nos últimos cinco jogos, sofreu 8 gols em jogos fora de casa. Se enfrentar times como o Criciúma ou o Paysandu — que jogam bem em casa — e perder por 2 a 1, pode perder o acesso direto. O time precisa vencer os jogos em casa e, ao menos, empatar fora. Não pode mais errar.

A Série B 2025 é a mais aberta dos últimos anos?

Sim. Desde 2017, nenhuma edição teve tantos times com chances reais de acesso até a penúltima rodada. Em 2023, o líder tinha 12 pontos de vantagem com 10 rodadas para o fim. Agora, o 6º colocado está a apenas 3 pontos do 1º. A diferença entre o 1º e o 10º é de apenas 9 pontos — um recorde nos últimos 10 anos. A competitividade está em seu ápice.