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Audiovisual brasileiro gera R$70,2 bi e cria mil oportunidades em 2024

Audiovisual brasileiro gera R$70,2 bi e cria mil oportunidades em 2024 out, 11 2025

Um estudo da Oxford Economics, encomendado pela Motion Picture Association (MPA), revelou que o setor audiovisual brasileiro movimentou R$70,2 bilhões em PIB no ano de 2024 – um salto notável frente aos R$55,8 bilhões registrados em 2019. A pesquisa, intitulada "The Economic Contribution of the Audiovisual Industry in Brazil in 2024", também destacou que programas de formação, como a iniciativa "Fazendo Meu Primeiro Filme", têm potencial para transformar jovens de favelas em profissionais da indústria.

Painel de crescimento de 2019 a 2024

Em 2019, o mesmo estudo apontava R$24,5 bilhões de contribuição direta ao PIB e 126 mil empregos diretos, gerando um efeito multiplicador de 4,2 empregos indiretos para cada vaga criada. Já em 2024, a soma das contribuições diretas e indiretas alcançou R$70,2 bilhões, indicando que a cadeia produtiva se ampliou apesar das interrupções provocadas pela pandemia.

Os números sugerem que a indústria evoluiu de um aporte de R$55,8 bilhões em 2019 para quase R$70,2 bilhões em 2024, representando um crescimento de cerca de 26 %. O ritmo reflete investimentos privados, incentivos fiscais estaduais e o fortalecimento de plataformas de streaming que absorvem grande parte da produção nacional.

Multiplicadores, salários e o peso da criatividade

O relatório de 2019 já mostrava que os salários médios nas indústrias criativas eram 2,4 vezes superiores à remuneração média nacional, segundo dados da FIRJAN e do IBGE. Em 2024, a pesquisa da Oxford Economics reafirma essa tendência: profissionais de produção, roteiro e edição continuam a receber acima da média, impulsionando a competitividade do Brasil no cenário global.

Além do multiplicador de empregos, o estudo destaca um coeficiente de PIB multiplicador de 2,3, ou seja, cada real investido diretamente no audiovisual gera, em média, R$2,30 de retorno econômico nacional. Esse efeito se estende a setores como turismo, logística e tecnologia da informação.

"Fazendo Meu Primeiro Filme": da teoria à prática

A iniciativa Fazendo Meu Primeiro Filme nasceu da parceria entre a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e o Latin American Training Center (LATC). O programa oferece cursos itinerantes de seis semanas para jovens de 15 a 25 anos em situação de vulnerabilidade, ensinando roteiro, direção e edição, além de prover alimentação, transporte e certificado.

Em janeiro de 2025, a edição de Nova Iguaçu começou na Casa da Juventude Iguaçuana, sob a liderança do Pedro Dannemann, professor de audiovisual. "O objetivo é abrir portas que antes eram invisíveis para esses jovens", afirma Dannemann em entrevista. Ele ressaltou que, além de aprender técnicas, os participantes obtêm estágios em produtoras e bolsas de estudo para cursos superiores.

Durante a primeira edição, 52 jovens concluíram o ciclo, dos quais 38 já garantiram vagas de estágio e 12 receberam bolsas para cursos de cinema em universidades federais. O impacto social é mensurável: a taxa de evasão escolar entre os participantes caiu 18 % após o programa.

Repercussões nas políticas públicas e no mercado

Repercussões nas políticas públicas e no mercado

O governo do estado do Rio de Janeiro tem acompanhado o sucesso do programa e sinalizado apoio financeiro para expandi‑lo a outros municípios. O secretário de Cultura do RJ, Carlos Alberto de Souza, declarou que "iniciativas como essa alinham desenvolvimento econômico com inclusão social, algo que nosso plano de cultura tem como pilar".

Do lado das produtoras, a diretora executiva da Sony Pictures Brazil, Ana Luiza Costa, apontou que a formação de novos talentos diminui a dependência de mão‑de‑obra importada e viabiliza histórias mais autênticas do país.

Além disso, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já havia publicado, em 2022, uma análise sobre o impacto do audiovisual na América Latina, apontando que países com políticas de incentivo semelhantes ao Brasil apresentaram crescimento de 15 % a 20 % em exportação de conteúdo audiovisual nos últimos cinco anos.

Perspectivas para 2025 e além

Com o relatório de 2024 circulando entre legisladores, espera‑se que o Congresso federal amplie os benefícios fiscais para produções nacionais, especialmente aquelas que incorporam talentos de comunidades vulneráveis. A própria MPA tem sinalizado interesse em criar um fundo de investimento dedicado a projetos de impacto social no audiovisual.

Especialistas projetam que, se o ritmo de crescimento se mantiver, o setor poderá alcançar R$85 bilhões em PIB até 2027, impulsionado por novas plataformas de streaming, co‑produção internacional e a expansão de programas de capacitação como o "Fazendo Meu Primeiro Filme".

Principais números do estudo 2024

Principais números do estudo 2024

  • PIB total gerado: R$70,2 bilhões
  • Empregos diretos: 140 mil (aumento de 11 % vs. 2019)
  • Multiplicador de empregos: 4,2 indiretos por cada direto
  • Salário médio em criatividade: 2,4× a média nacional
  • Investimento em formação: 6 cursos itinerantes beneficiando 312 jovens

Perguntas Frequentes

Qual é o impacto econômico direto do audiovisual no Brasil?

Em 2024, o setor movimentou R$70,2 bilhões de PIB, superando os R$55,8 bilhões de 2019. Esse valor inclui a produção de filmes, séries, conteúdo para streaming e serviços de pós‑produção, além dos efeitos colaterais nas cadeias de suprimentos.

Como o programa "Fazendo Meu Primeiro Filme" beneficia os jovens?

O programa oferece formação prática em roteiro, direção e edição, transporte, alimentação e certificado. Na edição de Nova Iguaçu, 38 dos 52 participantes garantiram estágios e 12 receberam bolsas de estudo, reduzindo a evasão escolar em 18 %.

Quais são as projeções de crescimento para o setor até 2027?

Especialistas estimam que, mantendo o ritmo atual, o audiovisual pode gerar aproximadamente R$85 bilhões em PIB até 2027, impulsionado por investimentos em tecnologia, expansão de streaming e políticas de incentivo fiscal.

Qual o papel da Motion Picture Association (MPA) nesse cenário?

A MPA encomendou os estudos de 2019 e 2024, além de promover diálogos entre estúdios, governos e organizações da sociedade civil para fortalecer a cadeia produtiva e garantir incentivos que favoreçam a criação de conteúdo nacional.

Existe apoio governamental para ampliar programas como o "Fazendo Meu Primeiro Filme"?

Sim. O secretário de Cultura do Rio de Janeiro já sinalizou recursos adicionais para replicar o programa em outros municípios, e projetos de lei federais que ampliam benefícios fiscais para produtoras que adotam políticas de inclusão social estão em tramitação no Congresso.

12 Comentários

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    Maria das Graças Athayde

    outubro 11, 2025 AT 03:19

    É incrível ver o audiovisual brasileiro gerando R$70,2 bi, isso mostra que o talento aqui está valendo ouro 😍🚀

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    Gustavo Cunha

    outubro 12, 2025 AT 07:06

    Os números não mentem, a indústria tá bombando e trazendo mais oportunidade pra galera que curte cinema

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    Lucas Lima

    outubro 13, 2025 AT 10:52

    O crescimento de 26% no PIB entre 2019 e 2024 demonstra que a cadeia produtiva se consolidou.
    Cada real investido gera mais de dois reais de retorno econômico.
    Esse efeito multiplicador beneficia setores como turismo e tecnologia.
    A remuneração acima da média nacional reforça a atratividade das carreiras criativas.
    Os 140 mil empregos diretos agora criam milhares de vagas indiretas.
    Programas como Fazendo Meu Primeiro Filme transformam jovens em profissionais qualificados.
    A presença de plataformas de streaming amplia a demanda por conteúdo nacional.
    Incentivos fiscais estaduais são fundamentais para manter o ritmo de expansão.
    A colaboração entre produtoras e escolas técnicas aumenta a capacitação.
    O apoio do governo do Rio de Janeiro sinaliza que políticas públicas estão alinhadas.
    O Banco Interamericano de Desenvolvimento já apontou o potencial de exportação.
    Se o cenário continuar, podemos chegar a R$85 bilhões até 2027.
    Isso representaria um salto histórico para a cultura brasileira.
    Os talentos emergentes vão contar histórias mais autênticas.
    A indústria audiovisual se posiciona como motor de inovação.
    Portanto, investir aqui é apostar no futuro do país.

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    Andressa Cristina

    outubro 14, 2025 AT 14:39

    Que energia boa ver essa chuva de dinheiro no cinema! 😎✨ (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

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    Ismael Brandão

    outubro 15, 2025 AT 18:26

    Os dados apresentados são realmente animadores; vemos um aumento significativo nos empregos diretos, o que eleva a confiança dos produtores, e, ao mesmo tempo, fortalece a economia criativa; parabéns a todos os envolvidos, continuemos avançando com determinação.

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    Andresa Oliveira

    outubro 16, 2025 AT 22:12

    A inclusão de jovens nas produções é essencial.

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    Eduarda Antunes

    outubro 18, 2025 AT 01:59

    Concordo totalmente, o apoio contínuo vai garantir que esses talentos prosperem e que a indústria mantenha seu crescimento saudável.

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    Raif Arantes

    outubro 19, 2025 AT 05:46

    A verdade que poucos querem admitir é que os grandes estúdios internacionais estão manipulando políticas de incentivo para dominar o mercado brasileiro, criando uma dependência perigosa.

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    Sandra Regina Alves Teixeira

    outubro 20, 2025 AT 09:32

    Vamos aproveitar esse momento de expansão para capacitar ainda mais jovens, pois o futuro do audiovisual depende da energia e da criatividade da nova geração!

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    Jéssica Farias NUNES

    outubro 21, 2025 AT 13:19

    Ah, que surpresa, mais números brilhantes; como se a arte não precisasse de nada além de cifras para ser valorizada, né?

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    Elis Coelho

    outubro 22, 2025 AT 17:06

    Obviamente tudo faz parte de um plano maior que controla a cultura global e usa o audiovisual como ferramenta de soft power para moldar a opinião pública e garantir lucro aos conglomerados

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    Camila Alcantara

    outubro 23, 2025 AT 20:52

    É por isso que devemos defender o cinema nacional contra essa invasão estrangeira e apoiar as leis que priorizam nossos talentos, o Brasil sempre foi e será líder cultural!

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